segunda-feira, 9 de setembro de 2013

        Um Pouco Sobre Desenvolvimento Mental na Criança
            Todos pais desejam que seus filhos evitem a delinquência, os vícios ou um distúrbio de comportamento. E mais do que isso, desejam coisas positivas para as crianças: que eles tenham autoconfiança, que sejam expontaneos, amorosos, e que tenham êxito na escola, vida profissional e afetiva. Resumindo, que sejam felizes.
            Más recebemos pouca ou nenhuma orientação sobre como é esse desenvolvimento mental da criança.Por exemplo,pouquíssimo se fala na importância dos primeiros 7 anos da criança na formaçãode suas estruturas cerebrais e de personalidade, que serão a base para um ser feliz e com saúde mental.
           Além de comida e bons tratos físicos que mais podemos fazer para propiciar um pleno desenvolvimentoda criança? Sabemos hoje comprovadamente pela neurociência que o estimulo pelo afeto na criança ajuda no pleno desenvolvimento do cérebro delas, pelo aumento na formação de sinapses nos neurônios, as células do cérebro.
           E uma boa auto-estima e’ a base de uma saúde mental na criança. O que e’ auto-estima? E’ a maneira pela qual uma pessoa se sente em relação a si mesma. O quanto gosta de sua própria pessoa. Esse sentimento do seu próprio valor vai formar a essência de sua personalidade e determina o uso que fará de suas aptidões habilidades. Na verdade a auto-estimaé a mola que impulsiona a criança para o êxito ou fracasso como ser humano.Todos pais devem se ocupar em ajudar seu filho a criar uma fé firme e sincera em si mesmo.
A auto estima na criança é formada por 2 sentimentos básicos que ela precisa sentir vinda dos pais:
 -“Eu posso ser amado”
    (“Eu sou importante e tenho valor porque existo”)
-“Eu tenho valor”
  (“Posso dirigir a mim mesmo com competência. Sei que tenho algo a oferecer ao mundo”).
         Toda criança tem a necessidade de se sentir amada e digna. Tais necessidades temos pela vida inteira, mas e’ nos primeiros anos de vida que é feita a fundação que vamos carregar pela vida.
       Todos pais dizem: “Isso não é problema porque eu amo meu filho”. A questão é saber se a criança esta se sentido amada. Pode parecer que não, mas há uma grande diferença entre ser amado e se sentir amado. Vou exemplificar o que estou dizendo:
-Uma mãe que vou chamar de A, quando dá banho em seu bebê, o faz numa atitude relaxada e brincando; ela observa e examina seus pés gordinhos, delicia-se com suas reações ao pingar agua sobre sua barriga. Quando seu bebê balbucia, ela responde. Não há palavras, mas os dois estão se comunicando. Seu bebê sente e vê a receptividade dela. Ele tem suas primeiras noções de que é valorizado.
-Já uma mãe B, amamenta seu bebê. Ela aproveita sempre a hora de amamentar para ler. Seus braços sustentam o bebê de forma frouxa e indiferente. A atenção dela não esta no bebê, mas para o livro. Se ele balbucia, ela não toma conhecimento, nem percebe. Quando ele se movimenta, os braços dela não colaboram. O bebê e a mãe Bnão estão partilhando a mesma experiência. Na verdade, não há um encontro terno, humano, de pessoa para pessoa. Para esse bebê suas primeiras experiências de mundo ensinam-lhe que ele não merece atenção. Para ele o mundo é um lugar frio no qual ele tem pouca importância.
         As 2 mães amam seus filhos, mas só o filho da mãe A se sentiu plenamente amado. A forma como sorrimos, com que cantamos, conversamos e damos atenção ao nosso filho o colocam ou nãonuma elevada auto estima.
        E’ preciso também ter atenção com as mensagens negativas com as quais muitas vezes sem perceber, vamos imprimindo na criança. Imagina uma criança que por anos escuta a mãe falar: ”Esse menino e’ um terror em minha vida” (por ele ser bagunceiro). Ou: “ele não vai bem na escola porque ele é burro”, ”’esse menino não faz nada direito”, “ele e’ um chato!”, “você só me dá trabalho” etc. Nenhum pai ou mãe são perfeitos, por isso ter irritações com filho é algo normal. O que estou querendo pontuar aqui é que as mensagens negativas repetidas de forma continua anos a fio acabam por levar a criança a acreditar que ela é mesmo o que a mensagem esta lhe dizendo.Isso vai inconscientemente formando na criança a noção que ela tem de si mesma. Uma criança que escuta a infância toda de que ela éburra, e que nunca é valorizada pelo que faz, tem fortes tendências de depois ser um adulto que mesmo tendo feito faculdades e mestrados va’ sentir insegurança no que faz, como se ela mesma duvidasse de sua capacidade.
        A criança tem que se sentir valorizada, quaisquer que sejam suas realizações, e não só valorizadas se estão realizando os sonhos e desejos projetados dos pais.
      Cada criança é uma criança única, com sua historia e individualidade. Mas em geral,podemos dizer que quanto pior o comportamento da criança, maior é na verdade seu desejo de aprovação. Mais lhe faltou valorização. Quanto mais retraída ou agressiva, mais ela precisa de amor e aceitação. Na psicologia dizemos que sentimentos como medo, timidez, agressividade, tagarelice, ansiedade etc, são mecanismos de defesa que a criança vai incorporando ’a sua personalidade para se defender de um mundo exterior que lhe é desfavorável.
        Geralmente repetimos com nossos filhos a criação que tivemos de nossos pais, por mais que não tenhamos gostado da forma como fomos criados. Ou repetimos ou fazemos o contrario, o que e’ muito comum nas crianças de hoje, que tiveram pais que foram criados em uma geração muito repressora e hoje são pais totalmente permissivos e avessos a reprimir seus filhos. São as crianças que os desrespeitam e eles não sabem por limite.
        E esse e’ um exercício que você pode fazer agora: Como era manifestado o afeto de seus pais para você? Que mensagens lhes foram transmitidas por seu pai e sua mãe? Que lhe faltou? Isso as vezes pode ajudar a descobrirmos porque agimos de um jeito que não gostamos com nosso filho, mas que não conseguimos mudar. E como você esta criando seu filho? Como esta sua relação com ele?
       Para quem queira aprofundar nesse tema, recomendo o excelente livro “A Auto-estima do Seu Filho” de Dorothy C. Briggs. Foi principalmente desse livro que retirei conceitos desse artigo. 

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